terça-feira, 29 de outubro de 2019


ARTIGO | Jornal, um produto essencial
26 de Outubro de 2019

Santa Catarina é um exemplo para o país, inclusive em relação à mídia impressa


por Marcello Corrêa Petrelli*

A morte dos jornais impressos foi muitas vezes anunciada por estudiosos da comunicação nas últimas décadas. Alguns afirmaram que deixariam de existir no ano 2.000.  O ciclo da mídia tradicional estaria chegando ao fim com o advento da internet, o que não aconteceu. Ao contrário das previsões, hoje os jornais que souberam se reinventar, que se adaptaram aos novos tempos, continuam vivos. As mídias digitais, ao invés de serem as grandes vilãs da indústria jornalística, são aliadas dos impressos na divulgação dos conteúdos além do papel. Vivemos em plena era da informação e o consumo de notícias é cada vez maior.
É evidente que os jornais têm sido desafiados pelas novas mídias e pelos novos hábitos de consumir notícias. É um novo cenário que a tecnologia descortina para quem produz conteúdo. Há necessidade de inovar, de apostar na qualidade da informação, em novos formatos, capazes de conquistar o leitor. É preciso estar presente em todas as plataformas, no papel e no digital, distribuir a informação pelos canais convencionais e pelas novas infovias. Mas, antes de tudo, o jornal precisa ter relevância e não perder a conexão com a sua cidade e sua região.
Ao longo de treze anos o “Notícias do Dia” tem procurando sempre inovar, se adaptar à realidade do mercado, mantendo seu foco no jornalismo local e regional, fiel ao seu propósito de prestar serviço, informar, noticiar e formar opinião. Cremos que ainda muito há espaço em nossa região para um jornal que seja aliado do cidadão, porta-voz da sociedade e que esteja disposto a fazer um jornalismo sério e responsável. 
Santa Catarina é um exemplo para o país, inclusive em relação à mídia impressa. Existem dezenas de jornais bem-sucedidos, que se mantêm há décadas atuantes, atendendo seus leitores e suas comunidades. Títulos como “A Gazeta”, de São Bento do Sul; “O Município”, de Brusque; “Correio Lageano”, de Lages; “Diarinho”, de Itajaí; “Diário do Iguaçu”, de Chapecó ;  “Correio do Povo”, de Jaraguá do Sul ; “Notisul” , de Tubarão e  “Tribuna de Notícias”, de Criciúma, continuam prestigiado pelos seus leitores e relevantes nas cidades onde circulam. O jornalismo regional é uma realidade em nosso Estado. 
No Rio Grande do Sul, que tem grande tradição no meio impresso, “Zero Hora”, jornal “NH” e “O Pioneiro” continuam cumprindo o seu papel. Em todo o Brasil há jornais que se renovam e são referências nacionais como “O Globo”, “Folha de S. Paulo” e “O Estado de S. Paulo”.  Nos Estados Unidos, o “New York Times” é editado em vários idiomas em vários países atingindo escala global. São exemplos da sobrevivência do papel, numa sinergia perfeita com o meio digital, para ampliar o conteúdo produzido nas redações.
Sabemos que a sobrevivência de um jornal está na forma como leitor se apropria dele como seu porta-voz. Neste sentido, o ND tem sido um defensor das boas causas e, graças à sua linha editorial construtiva, tem ajudado a sociedade a mudar a realidade. De forma responsável, contribuímos para a solução de problemas que afetam o cotidiano dos cidadãos.
Nós acreditamos na relevância e na força do jornal impresso. E no hábito de muitos leitores de receber casa seu exemplar, companheiro fiel das primeiras horas matinais. Nos dias de hoje a informação é fundamental para entender o mundo que nos cerca. E os jornais são os principais fornecedores de conteúdo de qualidade. Além disso, são os jornais que pautam emissoras de rádio, televisão, meios digitais e redes sociais, gerando grande repercussão.
Temos a satisfação de dizer que o “Notícias do Dia” está cada vez mais vivo e atuante. A edição deste final de semana traz novos conteúdos, novos colunistas e grandes reportagens. É nossa forma de dizer aos leitores da Grande Florianópolis que não vamos abandonar nossos leitores, que acreditamos na importância e força do jornal como veículo essencial para a sociedade.  Por sermos, a partir de hoje, o único jornal impresso de Florianópolis, aumenta a nossa responsabilidade para manter e qualificar ainda mais nosso produto impresso. 
É importante reconhecer e agradecer os leitores e os assinantes que pagam para receber o exemplar em sua casa. Ou buscam seus exemplares nas bancas ou pontos de venda. Os leitores são a razão principal de existirmos. Somos gratos também aos anunciantes que agregam suas marcas ao nosso produto e às empresas que acreditam no jornal para obter bons resultados para seus negócios ou como fonte confiável de informação. Entendemos que o jornal é importante enquanto tiver razão de existir, pela sua relevância e propósito. Por isso, renovamos nosso compromisso de manter uma linha editorial na defesa da verdade, do estado de direito, da cidadania, dos valores familiares e da democracia.
* Marcello Petrelli, presidente-executivo do Grupo RIC Santa Catarina


NSC anuncia que está ampliando sua força no digital e reformulando edição impressa
16 de Outubro de 2019

Os jornais Diário Catarinense (DC), A Notícia (AN) e Jornal de Santa Catarina (Santa) passam a ser semanais

As tecnologias digitais impactaram o hábito no consumo de informações, com prioridade para as notícias no meio digital. A sociedade vem se transformando e a NSC acompanha o comportamento dos leitores. A empresa anunciou na tarde desta quarta-feira (16/10) alteração na sua unidade de jornais, com reforço na distribuição de conteúdo na plataforma digital NSC Total e mudanças no canal impresso. Nas redes sociais circularam informações sobre 20 demissões que atingiram os 3 jornais impressos da empresa. O AcontecendoAqui apurou há pouco (15h15) que foram 24 demissões>>> DC/Hora(13); AN(5);Santa(3); G1(2); CBN(1).
A partir de 26 de outubro, a produção diária de conteúdo será direcionada para o portal NSC Total, que também concentra o conteúdo digital de DC, Santa, AN e Hora. Já as edições impressas dos jornais Diário Catarinense (DC), A Notícia (AN) e Jornal de Santa Catarina (Santa) passam de diárias a semanais. As publicações de fim de semana serão reformuladas para o formato revista e a Hora de Santa Catarina se torna exclusivamente online.
 
Segundo comunicado da empresa, essas mudanças significam uma ampliação e atualização permanente da produção de conteúdo. “Estamos ampliando nosso conteúdo online para ir onde grande parte do nosso público já está, com informação mais ágil e acessível. Porém, avaliamos que existe espaço para o impresso, com um produto sofisticado e com conteúdo aprofundado, como o que estamos preparando para os finais de semana”, afirma o presidente da NSC Comunicação, Mário Neves.
 De diários para semanários
As edições impressas terão formato mais atraente, com capa em papel couché e páginas internas com impressão a quente. A edição de fim de semana dos três jornais mantém suas características regionais, com reportagens locais e articulistas específicos. DC Revista, AN Revista e Santa Revista terão reportagens especiais, matérias em parceria com o New York Times, conteúdo de cultura e comportamento e muita opinião.
 Para marcar essa nova fase, foi lançada a promoção Sorte Total, que vai premiar os assinantes que acessarem os conteúdos na plataforma NSC Total. Diariamente, o assinante que acessar matérias editoriais publicadas na plataforma recebe um número da sorte, que participa de sorteios de mais de 120 prêmios, entre eles um carro, moto, pacotes de viagem, notebooks, smartphones e ingressos.
 Para os assinantes, a NSC vai oferecer um pacote de novos serviços agregados, que serão apresentados a partir do dia 21.
 O movimento na unidade jornais está sendo planejado há três anos, com ações que prepararam a empresa para o processo de transformação digital, com treinamentos constantes e estímulo constante à construção do novo. "Precisamos encarar o desafio de transformar a NSC para que ela continue crescendo de forma consistente e seja ainda mais relevante para a sociedade catarinense”, explica Neves. 



O senso de oportunidade do Grupo RIC visando leitores de jornal em Santa Catarina
26 de Outubro de 2019

Estratégia de Comunicação tem assinatura de Fábio Veiga

O destaque no setor de Comunicação em Santa Catarina nesses dias foi a notícia sobre a decisão da NSC Comunicação de encerrar a produção diária de seus jornais impressos A Notícia (Joinville), Diário Catarinense (Florianópolis) e Jornal de Santa Catarina (Blumenau) e dedicar-se à plataforma digital NSC Total. Leia matéria sobre essa decisão aqui.
Na Grande Florianópolis, o jornal diário que disputava a audiência do Meio Jornal com o Diário Catarinense era o Notícias do Dia, pertencente ao Grupo RIC, cuja tiragem o IVC aponta para algo em torno de 40% em relação ao veículo da NSC. Com a notícia em questão e sua repercussão ao longo desta semana, profissionais ligados ao setor e à publicidade em Santa Catarina davam como certa uma investida da RIC buscando a oportunidade para crescimento de seu periódico em sua área de atuação. E foi o que aconteceu. Na edição deste final de semana o ND circula com 56 páginas, mais robusta que as anteriores, estampando em sua página 6 um artigo assinado pelo presidente-executivo do Grupo, Marcello Petrelli que em certo trecho garante que não abandonará seus leitores. "Nós acreditamos na relevância e na força do jornal impresso. E no hábito de muitos leitores de receber em casa seu exemplar, companheiro fiel das primeiras horas do dia.  Atualmente, a informação é fundamental para entender o mundo que nos cerca. E os jornais são os principais fornecedores de conteúdo de qualidade. Além disso, pautam emissoras de rádio, televisão, meios digitais e redes sociais, gerando grande repercussão."
Ao folhear o ND, seus leitores vão sendo informados que o jornal está cada vez mais vivo e atuante. E que a edição deste final de semana traz novos conteúdos, novos colunistas e grandes reportagens. "É nossa forma de dizer aos leitores da Grande Florianópolis que não vamos abandonar nossos leitores, que acreditamos na importância e força do jornal como veículo essencial para a sociedade. Por sermos, a partir de hoje, o único jornal diário impresso de Florianópolis, aumenta a nossa responsabilidade, nossa presença e nossa influência, o que nos obriga a manter e qualificar ainda mais o nosso ND". Para ler a íntegra do artigo de Petrelli, clique aqui.
Marketing e Estratégias
O Grupo RIC, como todo mundo, foi pego de surpresa com a decisão da NSC em encerrar seus veículos impressos. No dia 19 de outubro o AcontecendoAqui conversou com Marcello Petrelli para saber qual o cenário para o jornal impresso em Santa Catarina após essa decisão da NSC. Leia um trecho do que publicamos naquela data: "Eu entendo o movimento feito pela NSC. Tendo em vista seu formato de gestão, é uma outra realidade de propósito, custo e envolvimento nos seus contextos e a decisão de concentrar esforços num projeto digital foi a saída deles. Acredito que o jornal ainda tenha muitos anos pela frente desde que você tenha a capacidade de mantê-lo relevante constantemente."
Para não perder tempo, a RIC acionou o talento do publicitário Fábio Veiga que colocou todo o seu time da Neovox para criar as estratégias e as táticas para pôr em prática um plano de ação que tire proveito dessa oportunidade. O AcontecendoAqui conversou com Fábio Veiga para saber como foi o planejamento. Leia a seguir o que Fábio disse ao portal:
"O desafio do ND era, num espaço muito curto de tempo, desenvolver uma estratégia de comunicação de impacto para ocupar o espaço deixado pelo fim do DC impresso. Como a decisão da NSC pegou todos de surpresa, tivemos apenas uma semana para criar e produzir todo o material da campanha. 
O mundo caminha para a digitalização de tudo, isso é um fato. Para a maioria das pessoas, não importa mais se o jornal é digital ou impresso. Eles querem é jornalismo de qualidade, seja on-line ou offline.
Mas, há uma parcela significativa de leitores que não pensa assim. Pra eles, vale o impresso, o jornal físico. São consumidores de alto poder aquisitivo, faixa etária mais alta, que valorizam o hábito e têm uma relação afetiva com o jornal impresso. Uma multidão de assinantes fiéis que não quer ficar sem receber seu jornal na porta de casa de jeito nenhum. Uma parcela do mercado valiosíssima, não apenas para as empresas de comunicação, mas para os anunciantes. Esse consumidor lê, devora e consome todas as informações que o jornal impresso traz, inclusive anúncios.
A estratégia adotada pelo grupo RIC e pela Neovox foi ocupar esse vácuo, oferecendo uma alternativa de qualidade a quem se sentiu órfão com a decisão da NSC. Para isso, desenvolvemos um argumento que posiciona o ND em relação a esse fato, ou seja, é um direito do leitor decidir como e quando quer ler o seu jornal. Se as tecnologias evoluíram, o maior avanço é o poder de escolha" 

Mídia
Segundo Fábio Veiga, as peças estão em produção a todo vapor e virão para comunicar esse posicionamento. Estão em fase final de produção inúmeras peças de campanha, como as sobrecapas para o ND que estrearam esse fim de semana, cada uma dirigida a um público diferente: leitores em geral, assinantes do DC, assinantes do ND, anunciantes, entre outros. Veja as peças mais abaixo.
"Também haverá novas ações, na TV, rádio e mídia exterior.  Tudo isso acontece num momento muito bom para o Notícias do Dia. Além de fazer um jornalismo da mais alta qualidade, um jornal vibrante todos os dias, o ND segue inovando, com novos colunistas, como o Sérgio da Costa Ramos, o Clube ND, o maior clube de descontos e benefícios para assinantes do Estado, e muito mais. Nós, da Neovox, ficamos muito felizes de poder participar desse projeto que reafirma a nossa crença no valor dos meios de comunicação", conclui o publicitário.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019


Estadão se alia ao Google e impulsiona assinaturas digitais


Com parceria, veículo busca entender o “novo comportamento do consumidor”. Apoio do Google ajuda o Estadão se fortalecer no meio online, inclusive impulsionando a quantidade de assinaturas digitais — que já superam as do impresso
Compreender o “novo comportamento do consumidor, que se informa cada vez mais por variados canais e em diferentes horários”. Com esse objetivo, o Estadão tem pensado — e estruturado — cada vez mais em ações no meio digital. Para alcançar êxitos nessas estratégias, que já contam com resultados positivos, a centenária empresa de comunicação se alinhou a uma gigante da internet. Tendo apoio do Google em processos e soluções, a marca jornalística implementou Accelerated Mobile Pages (AMP) e fez melhorias de SEO. Em termos comerciais, viu o números de assinaturas digitais crescer e, consequentemente, superar o número de assinantes ativos da versão impressa.
A parceria do Estadão com o Google buscou, desde o início, harmonizar questões de rentabilidade com a audiência do veículo de mídia na internet, sobretudo no site próprio. Por meio da solução News Consumer Insights (NCI), a empresa passou a classificar os leitores online em categorias. Do usuário casual ao dormente (inativo), passando pelo público leal, assinantes ativos e apreciadores da marca. Com recursos de big data e mapeamento de navegação, cada tipo de leitor passou a ser impactado por um tipo de material. O casual, por exemplo, era instigado a assinar (gratuitamente) a newsletter do Estadão. Àqueles que já figuravam como leiais, promoções personalizadas de assinatura eram oferecidas.

Estadão | Assinaturas impressas X assinaturas digitais




Trabalho que vem dando certo. Em 2018, o número de assinantes digitais ultrapassou o volume de assinantes da versão impressa do Estadão. Diferença que em 2019 já aumentou, conforme mostram os dados divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC). Segundo os registros, o Estadão chegou a julho de 2019 com 139 mil assinantes digitais contra 103 mil assinantes da edição em papel. Fora isso, no comparativo “ano a ano”, o acesso ao site por meio de aparelhos celulares cresceu 340%. Ao passo que a área comercial agradece. Com maior volume de audiência e tráfego orgânico, a marca noticiosa aumentou em 135% as receitas geradas por meio de publicidade.



Leitores do site do Estadão passaram a ser classificados em 4 grupos. (Imagem: divulgação)
O alinhamento entre Estadão e Google seguirá, promete executivos das empresas. E para entender como foi selada a parceria e quais serão os próximos projetos a surgirem a partir dela, o Portal Comunique-se conversa com exclusividade com Luiz Henrique Matos e Luciana Assis Cardoso. A dupla é, respectivamente, head de parcerias globais do Google Brasil e diretora digital do Estadão. Confira:

Luiz Henrique Matos, head de parcerias globais do Google Brasil

Para o Google, qual a importância de auxiliar no desenvolvimento de novos projetos para uma empresa de mídia centenária como é o Grupo Estado? No começo, houve resistência por parte de integrantes do jornal?
Não tivemos resistência. Pelo contrário. A parceria entre Estadão e Google existe há muitos anos, com colaboração mútua e troca de aprendizados. No momento em que a empresa decidiu investir em sua transformação digital, procuramos juntos quais eram os pontos desse processo em que poderíamos contribuir de alguma forma. Poder contribuir um pouco nessa história é um privilégio para nós.
A veia do Google é tecnológica. Como é para a equipe da empresa, reconhecida mundialmente por ser uma gigante da internet, estar envolvida em projeto voltado a fortalecer a produção jornalística, seja no Estadão ou em outros players?
Entendemos que isso é parte da nossa vocação. O Google trabalha para tornar o conhecimento acessível em suas plataformas. Isso também é o objetivo do jornalismo. Na empresa, temos equipes que trabalham diretamente com veículos de mídia para dar apoio ao desenvolvimento de produtos, negócios e pessoas. Ao anunciar o Google News Initiative em março de 2018, o que fizemos foi reforçar esse compromisso.

“O Google trabalha para tornar o conhecimento acessível em suas plataformas”

Para além da parceria com o Estadão, quais outros projetos de destaque do Google News Initiative ativos aqui no Brasil?
Temos atualmente cerca de 50 iniciativas diferentes em andamento, com diversos publishers, associações, universidades e outros parceiros. Como exemplo, posso citar o Desafio de Inovação que anunciamos em junho e vai contemplar com até R$ 1 milhão dezenas de iniciativas que promovam inovação e novos modelos de negócios no ecossistema jornalístico da América Latina. Também temos trabalhado com veículos de diferentes tamanhos para prestar consultoria em seus projetos de assinaturas (com o Subscriptions Lab, em parceria com a Wan-Ifra e a consultoria Mather Economics), vídeo e dados. E ainda temos diversos projetos a serem lançados ao longo dos próximos meses.
Como objetivo, acho que vale mencionar que o GNI, como iniciativa global, está fundamentado em três grandes pilares. (1) Elevar a qualidade do jornalismo nas nossas plataformas em parceria com publishers. (2) Evoluir os modelos de negócios para que o jornalismo possa prosperar na era digital. (3) E fortalecer as redações ajudando-as a desenvolver inovações tecnológicas. Quando avaliamos internamente como esses objetivos se aplicam à realidade do mercado brasileiro, desenhamos parcerias e programas como esse que lançamos com o Estadão e tem dado tão certo.

Luciana Assis Cardoso, diretora digital do Estadão

Dados do IVC mostram que, desde 2018, o Estadão conta com mais assinantes em sua edição digital do que na impressa. Em quais fatores o Google ajudou nessa “digitalização” do conteúdo e do modelo de negócios de O Estado de S. Paulo?
Com a adoção das soluções do Google, pudemos pela primeira vez entender o comportamento dos leitores do Estadão e acompanhar a fundo a sua jornada e experiência com o nosso produto. Todos esses dados são utilizados por diversas equipes internas para otimizar os nossos serviços, desde o atendimento até o desempenho de uma nova publicação.
Na última década, a circulação da versão impressa do Estadão encolheu 55%, conforme dados do mesmo IVC. Para a próxima década, a marca Estadão seguirá investindo no jornalismo impresso? Há estratégias para voltar a aumentar a base de assinantes do papel? Acredita que o meio digital e a parceria com o Google podem colaborar com isso?
A queda do produto impresso é um reflexo do novo comportamento do consumidor, que se informa cada vez mais por variados canais e em diferentes horários. O fenômeno é também percebido globalmente, impactando outros veículos de referência, como NYT e Washington Post. Diante desse cenário, entendemos que novos produtos complementarão a jornada do leitor, como vídeos, podcasts e newsletters, mas não significa que o impresso perderá a sua relevância, muito pelo contrário, o impresso continuará estratégico para o Estadão.

“A queda do produto impresso é um reflexo do novo comportamento do consumidor”

Nosso desafio é justamente utilizar o aprendizado do leitor, alavancado consideravelmente pelos canais digitais, para continuar melhorando todos os produtos, inclusive o impresso. Já no ano passado vimos o resultado desse trabalho quando assumimos a liderança em circulação impressa entre os jornais do estado de São Paulo.
Fala-se que a parceria com o Google tem colaborado com insights. A criação do projeto BR Político partiu daí? Há outros projetos nativos digitais da empresa que estão sendo desenvolvidos? Se sim, quais serão os temas a serem trabalhados?
Criamos um produto denominado BR18, cujo objetivo era informar e preparar os leitores para as eleições de 2018, contando com notas curtas, postadas com o intuito de sempre mantê-los atualizados. O BR Político nasceu como evolutiva desse esforço, quando percebemos que havia uma necessidade do leitor em entender os impactos do cenário político atual e seus possíveis desdobramentos nas decisões do seu dia a dia. O escopo do produto cresceu a partir dos insights da preferência dos assinantes, gerando newsletters e novos relatórios aprofundados.
Fonte: Comunique-se
Fonte: Comunique-se


domingo, 20 de outubro de 2019

Internet segue como segundo investimento em mídia depois da TV
Pyr Marcondes | ProXXima

"A TV segue líder dos investimentos em mídia no País, com 54,7% (R$ 2,3 bilhões, seguido de Internet com 19,1%. (R$ 724 milhões). O número de agências participantes triplicou e agora o estudo subdivide internet em 5 categorias. A amostra de agências deste segundo trimestre triplicou, o que empresta ao índice ainda mais credibilidade e consistência estatística.

Como analisa o repórter Bárbara Sacchitiello em matéria no site do M&M, “O Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp) cumpriu o planejamento de aumentar o painel das agências participantes do CenpMeios, projeto que visa mapear o investimento em mídia no mercado brasileiro.

O painel, que teve início em 2017 com a participação de 75 agências – e que em 2018 conseguiu a obtenção de informações de 78 agências – agora, apresenta o primeiro panorama de 2019 com a participação de 214 agências de publicidade.”

Mas a maior novidade do CenpMeios é o detalhamento dos investimentos em subcategorias do meio internet, agora estratificado em Audio, Busca, Display e Outros, Social e Video, sendo ainda Display e Outros a categoria que mais absorveu os aportes de agências e anunciantes nesse setor.
O destaque para se prestar atenção é que Busca, uma categoria que sempre atraiu muitas verbas do mercado, aparece na terceira posição, mas bastante abaixo de Display e Social.





La caída del periodismo del algoritmo

El cambio de criterio de Facebook ha precipitado la primera crisis de los medios nativos digitales en apenas un año

La redacción central de BuzzFeed en Nueva York antes de la ola de despidos de este 2019 (Drew Angerer / Getty)
Hace poco más de un año, Mark Zuckerberg sembró el pánico en muchos medios de comunicación cuando anunció un cambio del algoritmo de Facebook para primar “interacciones sociales más significativas”. Los temores eran fundados. Solo en EE.UU. se han perdido un millar de empleos en lo que va de 2019 y en España han cerrado Eslang y la delegación de BuzzFeed, y ha habido 60 despidos en PlayGround, en lo que se considera la primera crisis de los medios nativos digitales, que se atribuían la renovación del periodismo tradicional.
A nivel internacional, Vice Media prescindió de 250 trabajadores, el Huffington Post recortó un 20% de la plantilla y Buzzfeed el 15% (unos 200 empleados), pese a que facturó 300 millones de dólares en 2018. No ha habido piedad ni para periodistas como Cates Holderness, que lanzó una de las piezas más virales de Buzzfeed –la del vestido que era posible verlo de dos colores– en el medio que popularizó las listas, los cuestionarios y los títulos que animaban al clic fácil.
Modelo em cuestion
La cuestión de fondo tras el ajuste es si existe un modelo rentable para las noticias digitales. Los medios nativos online se arrimaron a los gigantes tecnológicos y se adaptaron a sus gustos para ganar audiencia pero a la vez quedaron expuestos al vaivén de los algoritmos. No solo el de Facebook. Google también realizó dos cambios significativos en el suyo en 2018, uno para dar visibilidad a los vídeos en las búsquedas.
La apuesta
Los médios nativos online se arrimaron a los gigantes tecnológicos y se adaptaron a sus gustos para ganhar aidiencia pero a la vez quedaran expuestos al vaivén de los algoritmos.
 “No se ha planificado el crecimiento al ritmo de los beneficios y hemos pagado el pato”, afirma Marcos Chamizo, que fue director artístico en el canal español de BuzzFeed. Las exigencias de un retorno rápido de la inversión del capital riesgo también fueron determinantes en este medio.
PlayGround, a principios de 2018, presumía de ser el medio de habla hispana con más visualizaciones de Facebook. En febrero de este año despidió al 50% de su plantilla. “Facebook nos encumbró y luego nos hundió”, admite un cargo intermedio que prefiere conservar el anonimato. “Pero no fue el único problema, también hubo mala gestión”, añade.
“Facebook ve a los médios como clientes y competidores: es uma alianza antinatural” opina Ferran Lalueza, Professor de la UOC.
 “Siempre ha sido una alianza antinatural, pues Facebook ha visto los medios como un potencial cliente y, desde el punto de vista publicitario, como un competidor”, valora Ferran Lalueza, profesor de la UOC y especialista en Social Media.
Campbell Brown, directora de asociaciones de medios globales en Facebook, lo dejó claro cuando reconoció, en una charla de la Sociedad Americana de Editores de Revistas, que la red social “por su naturaleza, cambia constantemente y no es confiable”.
Esta crisis coincide con el éxito de los muros de pago y las suscripciones digitales de medios tradicionales como The New York TimesThe Washington Post o The Atlantic, pero también de modelos de donaciones como el de The Guardian británico.
“La prensa cometió el error, al principio, de regalar el contenido, y es muy difícil hacer marcha atrás pero sí o sí hay que instaurar muros de pago, no se puede continuar con la gratuidad de ahora”, asegura Àngel Bonet, autor del libro El tsunami tecnológico.
Bonet, experto en innovación y marketing, advierte que en el periodismo “el proceso se deformó, quien se lleva los beneficios es el distribuidor y no el productor”, y augura que “en treinta años, el sector se parecerá al de ahora como un huevo a una castaña”
 La viralidad y las “fake News”
La otra crisis que atenaza el futuro de los medios viene provocada por la proliferación de fake news. Cada vez hay más iniciativas de fact checking para verificar artículos. La agencia de noticias France Press acaba de anunciar la extensión de su canal Factual a España y Facebook cada vez dedica más recursos humanos y económicos para formar grupos de detectores de noticias falsas. La Vanguardia ha creado un equipo de fact checking, que de momento centra sus esfuerzos en informaciones sobre la Unión Europea.
Pero hay temores, como el anuncio de fusión de Facebook, Messenger y WhatsApp, todas controladas por Mark Zuckerberg. “WhatsApp es peor para las ‘fake news’ porque te da la sensación de más confianza; en Facebook al menos la presión social obliga a actuar contra los bulos, pero conociendo la trayectoria de Facebook, la integración asusta”, pondera Ferran Lalueza, experto en redes sociales.
La búsqueda de la viralidad también influye en la agenda política. Trump, Bolsonaro y otros dirigentes mundiales lo han aprovechado. Ahora beneficia en España a Vox, que goza de gran exposición mediática pese a ser una fuerza extraparlamentaria.


Google absorve 32% da publicidade digital mundial, mais que o investimento de todos os países exceto os EUA
 22 Agosto 2019

O Google controla 32% da receita líquida global de anúncios digitais e 38% da receita de anúncios digitais nos Estados Unidos, segundo dados compilados pelo site Statista. A receita publicitária da empresa totalizou US$ 116,3 bilhões em 2018, superando o gasto publicitário total em todos os países, exceto nos Estados Unidos.  
A companhia, que na prática é hoje a maior empresa de publicidade do mundo, detém o duopólio das vendas de anúncios digitais ao lado do Facebook (20% da receitas publicitárias norte-americanas). Logo atrás está a Amazon. A Adweek projeta que os gastos com publicidade digital superarão os gastos com publicidade off-line nos Estados Unidos em 2019, o que pode trazer ainda mais oportunidades para os três gigantes de tecnologia.
Leia mais em:
https://www.statista.com/chart/10416/googles-ad-revenue-in-perspective/




Jornais são o principal meio de consumo de informação dos congressistas, diz pesquisa
 22 Agosto 2019

O principal meio de acesso à informação dos políticos em exercício hoje no Brasil é o jornal, segundo a edição mais recente da Pesquisa sobre Consumo de Informação dos Congressistas, realizada pela Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANBB) e pelo DataPoder360. Os jornais têm a preferência de 20% dos congressistas entrevistados, segundo o estudo, seguidos por televisão (17%), portais de notícia (16%) e redes sociais (15%).  Além disso, 71% disseram considerar a repercussão de temas na mídia tradicional importante na hora de decidir votos.
O levantamento mostra que 24% dos entrevistados consideram a repercussão extremamente importante e 47% importante, informou o site Poder360. Para 15% ela é mais ou menos importante e pouco importante para 12%. Outros 2% não souberam ou não responderam.
Em relação às redes sociais, 98% dos políticos afirmaram utilizar mídias sociais em seus mandatos. As redes sociais mais utilizadas são o Facebook (31%) e o Instagram (31%). O Twitter (27%) e o YouTube (10%) aparecem na sequência.
Sobre a influência das mídias sociais na atuação no Congresso, 36% consideram que a repercussão nas redes é extremamente importante, 39% acham importante e 12% mais ou menos importante. Para 10% é pouco importante e 2% consideram sem importância. Os outros 2% não sabem ou não responderam.
O estudo foi realizado de 3 a 27 de junho de 2019.  Foram feitas 297 entrevistas com congressistas de todos os partidos (40 senadores e 257 deputados) e a seleção foi proporcional ao tamanho das siglas no Congresso Nacional.







A importância de construir marca e imagem para negócios digitais

Alexandre Waklawovsky: "Tenho a que convicção de que a maioria dos negócios digitais, está lutando com todas as suas energias para construir bases de dados mais e mais robustas e/ou alavancar seus volumes de vendas, sem atentar para construir o valor de suas marcas."
 ProXXIma
26 de setembro de 2019 - 7h22
Nos últimos anos tenho conversado com alguns Fundadores e CEOs de Startups e Scaleups, assim como empresas de Venture Capital e os papos, ótimos por sinal, sempre gravitam entre negócios, finanças, modelos operacionais e de aceleração (em geral para aquisição de leads).
Todos os temas acima são bastante relevantes, porém sinto ainda uma barreira quando o tema é construção de marca ou branding e isso me faz refletir, se essa barreira é mental (crença que esse assunto é pouco relevante) ou real (desconhecimento sobre o tema).
Criar uma marca é essencial para que seja estabelecida uma relação e percepção de valor na cabeça das pessoas.
Um automóvel tem 4 rodas e 1 motor, mas pode ser um Fiat Uno ou uma Ferrari. Pensar no automóvel, como um instrumento de mobilidade, equilibra ambos modelos, porém quando pensamos na Marca, atributos mentais (emocionais) e reais (funcionais), saltam imediatamente em nossa cabeça, mesmo se nunca sentamos ou dirigimos uma Ferrari.
E isso se aplica a qualquer categoria de produto ou serviço. Reflita qual é sua reação ao ver na gôndola de um supermercado uma marca de macarrão ou café conhecida ao lado de uma marca genérica ou do próprio supermercado, ainda desconhecidas. Até que ponto o preço será realmente o decisor para a sua compra? Qual é o seu comportamento como comprador? O que você valoriza? repare que estou perguntando em 1a pessoa, exatamente para provocar uma autopercepção.
Ter um modelo de negócios impecável, operação funcionando como um relógio suíço, preços competitivos, estratégia de conteúdo e funil de vendas ajustados por inteligência artificial podem ser o objetivo da maioria das novas empresas digitais.
Termos como In Bound Marketing, Growth Hacking ou Máquina de Vendas foram cunhados para refletir o uso de novas tecnologias, porém na essência tem base em valores de CRM, funil de marketing e vendas.
Até aqui, acredito que a reflexão deve fazer sentido e os itens acima estão na pauta das lideranças dos negócios digitais, mas agora vem um “porém” importante.
Poucas empresas, em minha opinião, dão a devida importância e atenção na construção de suas marcas.
Isso tem criado algumas situações curiosas em algumas plataformas de e-commerce, por exemplo, das quais recebo e-mails diários com “ofertas incríveis”. Todas baseadas em descontos “imperdíveis” e, que são tantos e tão frequentes, que já nem presto mais atenção.
Será que isso está acontecendo somente comigo? e mais, independente da categoria, farmácia, bebidas, pagamentos ou viagens até que ponto nossa decisão de compra será totalmente motivada pelo preço?
Tenho a sensação que, a maioria dos negócios digitais, estão lutando com todas as suas energias para construir bases de dados mais e mais robustas e/ou alavancar seus volumes de vendas, sem atentar para construir o valor de suas marcas.
O resultado dessa prática, pode ser a proliferação de ofertas de empresas concorrentes, sem a devida diferenciação de marcas, na visão dos consumidores. Perigoso! Imagine sua empresa ou marca e concorrentes disputando preço num mercado como na figura abaixo.

Volume deverá estar sempre equilibrado com o Valor das vendas. Regra básica de negócios, mas no desejo de construir bases rapidamente, esse equilíbrio se perde e consumidor acostumado com preço, terá muita dificuldade em aceitar valores maiores, pois já formou sua percepção. Maior ainda será o esforço.
Acredito muito difícil equilibrar essa equação sem um modelo de construção de marca, pois dele sairá a estratégia para comunicar os benefícios tangíveis e intangíveis de determinada empresa, produto ou serviço, de maneira estruturada e consistente.
A jornada para construção de uma marca será dividida em 2 grandes fases:
1a) estabelecer seus atributos funcionais – nessa fase será comunicado para que serve a marca, por que devo usar/comprá-la, que diferença concreta ela faz na vida das pessoas?
2a) estabelecer seus atributos emocionais – nessa fase será comunicado qual é o valor essa marca empresta para você, como ela faz você sentir, como as pessoas percebem você quando a está usando ou consumindo?
Proponho um exercício rápido, para reforçar o valor de uma marca. Topa? Responda a 1a marca que vem a sua cabeça, quando ler as 5 categorias abaixo:
1. Aparelho de Televisão
2. Automóvel
3. Marca de roupa
4. Site de e-commerce
5. Banco
Como foi? das marcas que você mencionou acima, quais você possui ou usa com frequência? muito provavelmente, na sua lista, haverá uma ou outra que você ainda não possui, mas a marca está em seu inconsciente como objeto de desejo. Caso você possua todas, reflita sobre a razão da escolha dessas marcas vs. outras possíveis.
Sempre foi o preço? ou o valor da marca pesou?
(*) Alexandre Waklawovsky é consultor de inovação de negócios e novas práticas digitais de martech na Amélie Consultoria.