domingo, 30 de novembro de 2014

Estudo IPSOS 2012

Estudo da Ipsos detalha o envolvimento dos diversos perfis da população brasileira com os diferentes meios de comunicação

Fonte: Revista Meio&Mensagem, de 8 de outubro de 2014

Em 2012, o instituto de pesquisas Ipsos Media CT propôs uma nova leitura sobre o consumo de mídia no Brasil. Esse estudo montou um conjunto de 13 grandes grupos (ou clusters) que representam, de forma abrangente, as principais subdivisões da população em termos de atitudes, de usos e costumes. A ideia era avançar na análise para além do perfil sociodemográfico, influindo informações de comportamento e afinidade com os meios de comunicação.

O estudo abrange 13 mercados, que concentram 86% do investimento publicitário no Brasil.
O levantamento tem por base as pesquisas Ipsos Marplan, que analisam hábitos e comportamentos da população brasileira, e é atualizado anualmente, pois os clusters podem passar por modificações. 

As informações dos macrossegmentos foram atualizadas com dados relativos ao período de janeiro a dezembro de 2013.

Aproveitei apenas os números para o meio jornal, que encontram-se resumido na planilha abaixo. Quanto ao resumo dos segmentos da população, por uma questão de espaço de publicação, somente publiquei as características sobre quem são, sendo que o estudo publicado na revista cita também as seguintes características desse público: Interesses, Como consomem, Como percebem o mundo e Vida social.

Quadro resumo sobre envolvimento com o meio jornal

Por que lê jornal?
Dedicados
Contemporâneas
Absolutos
Elites
Batalhadoras
Passar o tempo/tempo livre
18
23
25
19
15
Saber das notícias
45
52
52
49
38
Se sentir acompanhado
9
15
18
9
6
Se distrair
14
21
24
9
12
Aprender/cultura geral
24
35
35
21
16
Ter informações de shows etc
19
32
30
19
12
Saber de notícias esportivas
21
30
40
20
16
Estar atualizado
40
44
42
28
29
Ver/escutar um programa específico/favorito
8
11
15
4
5
Se informar sobre algo que deseja comprar
17
26
23
13
10
Leem jornal por segmento (em %)
11
9
7
5
5
Por que lê jornal?
Consumistas
Esforçados
Conservadores
Bem-nascidos
Tecnológicos
Passar o tempo/tempo livre
23
21
13
19
23
Saber das notícias
50
53
32
43
48
Se sentir acompanhado
17
11
7
10
16
Se distrair
22
17
9
17
19
Aprender/cultura geral
34
28
12
24
32
Ter informações de shows etc
29
26
11
22
27
Saber de notícias esportivas
31
40
23
21
46
Estar atualizado
41
44
25
30
38
Ver/escutar um programa específico/favorito
14
9
5
7
14
Se informar sobre algo que deseja comprar
27
22
10
12
20
Leem jornal por segmento (em %)
12
9
6
5
6
Por que lê jornal?
Conformados
Novos Alternativos
Ambiciosos

Passar o tempo/tempo livre
19
17
16

Saber das notícias
50
42
35

Se sentir acompanhado
8
8
12

Se distrair
16
15
15

Aprender/cultura geral
17
20
20

Ter informações de shows etc
11
17
20

Saber de notícias esportivas
40
29
30

Estar atualizado
39
34
25

Ver/escutar um programa específico/favorito
6
7
9

Se informar sobre algo que deseja comprar
12
11
15


Leem jornal por segmento (em %)
7
10
9


Características dos segmentos identificados pelo estudo

Segmentos da população
Quem são
Esforçados (3.836.000 pessoas) = 7,6%
Homens (75%) e mulheres (25%) economicamente ativos, dos 20 a 60 anos, tanto solteiros quanto casados. Têm, em geral, nível médio completo;
Conservadores (4.371.000 pessoas) = 9,1%
Homens (57%) e mulheres (43%) de classe média e média baixa. Relativamente jovens, com idades entre 20 e 45 anos, são solteiros ou casados, com filhos pequenos. Têm nível de escolaridade intermediário ou baixo.
Bem-nascidos (1.407.000 pessoas) = 4%
Grupo equilibrado quanto ao sexo (40% homens e 60% mulheres). Jovens de 20 a 30 anos, de classe alta e média alta, são solteiros e recém-casados, e, por isso, ou ainda moram com os pais, ou acabaram de constituir novo lar. Possuem nível alto ou médio alto de escolaridade (muitos ainda estudando). Os que trabalham ocupam cargos médios e todos dispõem de alto poder aquisitivo, sem problemas de acesso ao crédito.
Tecnológicos (1.905.000 pessoas) = 4,8%
Adolescentes e jovens rapazes de 13 a 29 anos, de classe média e média alta, geralmente vivendo na casa dos pais junto com outros irmãos. São, na maioria estudantes.
Conformados (3.333.000 pessoas) = 9,4%
Homens (85%) de classe média e baixa, de todas as faixas etárias. O nível de escolaridade é baixo ou muito baixo.
Novos Alternativos (4.128.000 pessoas) = 8,4%
Grupo formado, na maioria, por homens (68%), mas com número expressivo de mulheres (32%). Pessoas de classe média, de todas as faixas etárias.
Ambiciosos (4.357.000 pessoas) = 8,4%
Formado por homens (65%) mas também por mulheres (35%) de classe média, casados ou solteiros. Com idades entre 20 e 45 anos, mas, mesmo mais velhos, mantém o espírito jovem. Trabalham em cargos de nível médio, mas perseguem com afinco sucesso profissional e econômico.
Dedicadas (5.607.000 pessoas) = 13,5%
Em sua maioria, senhoras de classe média (88%), matriarcas ou mulheres maduras, casadas ou solteiras, que fazem do lar o centro de suas vidas e interesses. Se têm filhos, já são adultos e têm vida independente, o que as permite concentrarem-se em si mesmas. São pessoas de níveis culturais modestos, por vezes ingênuas, mas com desejo de informação e conhecimento.
Contemporâneas (2.299.000 pessoas) = 8,2%
Mulheres adultas, profissionais de classe média alta, que conciliam a profissão com os cuidados com a casa e a família. Cultas e amantes da leitura, tendem a ter níveis de escolaridade altos.
Absolutos (2.590.000 pessoas) = 5%
Na maioria, homens (73%) de classe média alta e alta, adultos, com níveis de escolaridade elevados. Profissionais bem-sucedidos, seguros de si mesmos, que se sentem absolutos e triunfantes.
Elites (2.100.000 pessoas) = 4%
O grupo é bem equilibrado entre homens(60%) e mulheres (40%) de classe alta e média alta e com níveis de escolaridade muito elevados. São pessoas privilegiadas em todos os aspectos: alta formação, renda, ótima posição socioeconômica.
Batalhadoras (5.211.000 pessoas) = 7,3%
Mulheres (82%) de classe média e média baixa. Existem em todas as faixas etárias, dos 20 aos 60 anos, com filhos sob sua responsabilidade, quase sempre pequenos. Têm nível cultural de médio a baixo.
Consumistas (6.583.000 pessoas) = 8,4%
Na maioria mulheres (90%) de classe média, de 15 a 40 anos. As mais jovens, solteiras, vivem com os pais e irmãos. As mais velhas são casadas ou moram com um companheiro.


Considerando-se o nível de envolvimento de cada segmento com o meio jornal, para cada uma dos motivos de leitura relacionados, e as características de cada segmento da população, o desafio é adequar o seu produto para que se torne atraente ao máximo para cada segmento. 

Se o estudo da Ipsos Marplan não tiver dados específicos sobre a sua região de atuação, o jeito é cada jornal efetuar os levantamentos de perfis junto ao seu público leitor, principalmente os assinantes, para forma a sua própria base de dados sobre o mercado local.

Pode-se observar nas planilhas, que os principais motivos de leitura de jornal, em quase todos os segmentos, é saber das notícias e estar atualizado, demonstrando de forma inequívoca, que o meio jornal goza de bastante prestígio e credibilidade junto à população. Nenhuma novidade, apenas, não devemos nunca esquecer dessas características, seja no impresso ou no digital, para que os jornais continuem a prestar o serviço que sempre prestaram, ou seja, fornecer informação de qualidade e confiável aos seus leitores.


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Ombudsman define passaralho da Folha como "operação desastrosa"

     
O passaralho da Folha nas últimas semanas, que cortou 14 jornalistas e 17 vagas, foi classificado pela ombudsman do jornal, Vera Guimarães, como "operação desastrosa". Em coluna veiculada no domingo, 16, a profissional falou sobre o assunto e comentou, também, o desligamento dos colunistas Fernando Rodrigues e Eliane Cantanhêde. "O jornal ignorou aquele a quem serve - o leitor", criticou.
Para Vera, a dispensa dos colunistas é resultado dos excessivos enxugamentos. "As redações não têm mais gordura para cortar e a mira se volta para os maiores salários, dos quadros com cargos superiores e/ou maior tempo de casa. Na frieza da planilha, a dispensa de um profissional antigo pode poupar meia dúzia (ou mais) de vagas", explicou.
Eliane e Rodrigues escreviam para a página 2, na coluna 'Brasília', de maneira alternada. Eliane, que tinha 17 anos de casa, às terças, quintas, sextas e aos domingos. Rodrigues, com 27 anos de Folha, às quartas e aos sábados. Após as demissões, o impresso anunciou o nome dos novos profissionais a ocupar o lugar dos demitidos: Bernardo Mello Franco e Igor Gielow.
A ombudsman do impresso ressalta, ainda, que a Folha errou ao se esquecer dos leitores e não apresentar razões para os desligamentos. "O jornal só se manifestou no domingo, mas a reportagem não mencionava razões. Mais uma vez, abdicou de explicar com clareza uma decisão motivada por contingência ruim". Vera acredita que essa atitude abre espaço para que outras pessoas contem a história, com versões diversas. "Nesse caso, fomentaram-se até teorias de que as saídas teriam ocorrido por pressão do Planalto".
Fonte: Comunique-se

sábado, 15 de novembro de 2014


Sunday Journal deixa de circular

Edição de domingo do Wall Street Journal será encerrada até o final do ano


 

A Dow Jones & Company, empresa responsável pelo Wall Street Journal, declarou que deixará de publicar o Sunday Journal, a edição de domingo do veículo. As informações foram publicadas na edição desta sexta-feira, 14, da Folha de S.Paulo. A informação foi dada via comunicado, distribuído aos funcionários do jornal, assinado pelo publisher William Lewis. Pela justificativa do grupo, a decisão de colocar fim ao Sunday Journal deve-se à necessidade de concentrar os esforços nos negócios originais do Wall Street Journal. A edição dominical do veiculo circulava há 15 anos. No mesmo comunicado, o publisher do jornal também informou que a emissora de rádio do Wall Street Journal também deixará de existir até o final de 2014. As versões do portal da publicação nas línguas alemã e turca também serão canceladas.

Fonte: Meio & Mensagem


segunda-feira, 3 de novembro de 2014


NYT revela crescimento na circulação


Assinaturas digitais apresentam também evolução, com aumento de 20% anual



The New York Times divulga relatório comercial do terceiro trimestre de 2014. O documento aponta para crescimento na circulação e diminuição nas perdas operacionais. As assinaturas digitais cresceram em comparação ao mesmo período no ano passado, em contrapartida as assinaturas do impresso tiveram uma pequena redução.

A empresa registrou uma perda operacional de US$ 9 milhões, com queda em comparação aos US$ 12,9 milhões registrados no mesmo período de 2014. A receita total teve crescimento de 0,8% passando de US$ 361,73 milhões em 2013 para US$ 364,71 neste ano.

Apesar de uma leve redução de 0,1% nas receitas referentes a publicidade, os ganhos com circulação tiveram um crescimento de 1,3%. O faturamento foi de US$ 206,7 milhões no terceiro trimestre de 2014, aproximadamente US$ 3 milhões a mais que o mesmo período de 2013.

“Nossa performance no terceiro trimestre foi melhor que antecipamos, refletindo intensa força no digital”, declara Mark Thompson, CEO do The New York Times em comunicado oficial. “No campo das assinaturas digitais, nós terminamos o trimestre com 44 mil novos usuários, representando crescimento de 20% em comparação ao ano anterior, nosso melhor resultado trimestral em aproximadamente dois anos”.


Fonte: Meio&Mensagem