segunda-feira, 26 de março de 2018


Apesar de queda geral, revistas crescem em digital
Números de 2017 do Instituto Verificador de Comunicação mostram que setor como um todo teve queda de 16% de circulação

19 de março de 2018

O ano de 2017 foi positivo para as edições digitais das maiores revistas do Brasil. De acordo com dados do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), entre as 16 maiores publicações do Brasil, contando mensais (dez revistas analisadas), semanais (cinco analisadas) e quinzenal (revista Exame) tiveram crescimento em sua circulação digital. Apesar disso, a maioria teve queda em seus números gerais, incluindo impresso e online, e o mercado como um todo caiu 16%.
Entre os maiores saltos digitais de 2017 está a revista Época, que cresceu 288% em digital. Também tiveram destaque Claudia (96%), Mundo Estranho (59%) e Veja (59%). A semanal segue como líder em circulação digital, com média de 355,8 mil exemplares em 2017.

Veja também foi das poucas revistas que viu seus números crescerem de maneira geral, assim como Claudia. A semanal teve alta de 9% de circulação, chegando a 1,23 milhões de exemplares em sua média de dezembro. A revista feminina teve alta 15,4% e fechou 2017 com 327,4 mil exemplares. Ambos os títulos são líderes em suas respectivas periodicidades (clique nas imagens para ver as imagens em maior resolução).
Considerando todas as revistas auditadas pelo IVC, o mercado caiu 16% em 2017 na comparação com o ano retrasado. Em 2016, a circulação média mensal foi de 6,8 milhões de exemplares mensais e, no ano passado, foi de 5,72 milhões. Há dois anos, o IVC auditou 104 títulos, enquanto que em 2017 auditou 73.

Fonte: Meio&Mensagem e IVC

terça-feira, 20 de março de 2018


Chartbeat: Data shared across all departments is key for audience strategy

Terri Walters, chief marketing officer for Chartbeat, spoke at the INMA Conference de Medios Latinoamerica about using data to develop audience strategy effectively.
“There are a lot of customers that are using data, but data means so many things,” Walters said. “There’s data on traffic, there’s data on your customer, and there are a lot of different KPIs that news organisations have.”
Organisations that are doing data best are prioritising one thing: audience.
“If you’re going to get better and use data to your best advantage, you really have to understand the content consumption patterns and the differences in those patterns by your audience,” Walters said.
She cited The Washington Post, The New York Times, and the BBC as companies that have been using data extremely well by using those audience consumption patterns.
“They’re looking at how patterns differ if you’re coming from Facebook, if you’re coming from Google, or if you’re a direct visitor to your site, who values your brand,” Walters said. “They’re understanding really what consumers are engaging with.”
There are challenges with understanding and implementing this data, Walters acknowledged. “I think being aware, and getting educated on the different data sources, is probably one of the biggest obstacles. It’s not enough for data to just sit inside the IT department or the analytics department; the business leaders of an organisation, as well as the journalists, all need to understand the vocabulary of data and figure out ways they can embed it into their workflow.”
Chartbeat works with editors and newsrooms, as well as analysts and IT departments, to help organisations talk to each other in a better way. “I think if we could solve that issue, everyone would be in a much better place,” Walters said.

About Shelley Seale


Fonte: INMA

sexta-feira, 16 de março de 2018



Big Data e Comunicação 

Big Data: grande conjunto de dados armazenados e baseado em 5 Vs: velocidade, volume, variedade, veracidade e valor. Comunicação: processo que envolve a troca de informações. Estas são apenas duas definições corretas sobre Big Data e comunicação. Mas ambas são muito mais do que isso.

Amplamente utilizado em áreas como tecnologia da informação, o Big Data conta com cenários de possibilidades imensuráveis em várias frentes da comunicação (do online ao offline). Vale lembrar que o Big Data já é explorado por áreas como o marketing para a geração de leads e análise de mercado e concorrência. Caminho mais que natural.

Na comunicação ainda há uma certa resistência na aplicação do Big Data para geração de informações relevantes, conteúdos e estratégias de relacionamento com a mídia ou dela com os leitores. O Big Data depende da capacidade tecnológica – que ainda depende de um investimento significativo – e da formação humana para extrair e analisar esse mundo de dados gerados.

Big Data é a reunião de milhares de dados gerenciáveis e que estão na nuvem. Hoje tudo é um dado. Uma palavra, um comportamento, uma imagem, um vídeo, um áudio ou uma opinião. Qualquer coisa pode ser transformada em um dado. Milhares de conteúdos publicados por diferentes pessoas, governos, ONGs, empresas. Tudo isso pode ser um dado que vai alimentar o Big Data. Acredite, um sentimento expresso na internet pode ser capturado e transformado em um dado.

No mundo dos negócios o Big Data é utilizado por empreendedores para definição de estratégias e análise do mercado. Áreas relacionadas com inteligência de mercado analisam os dados para a construção de novas propostas de negócios ou para a redefinição de um produto ou serviço.

Ok. Mas como se aproveitar disso para a comunicação?

O primeiro passo é recapitularmos que hoje cada pessoa em qualquer lugar do mundo é produtora de conteúdo e responsável por gerar informação, tráfego e opinião. O público gera incalculáveis terabytes de conteúdo virtual todos os dias. Os comunicadores podem – e devem – se aproveitar disso.

Um jornalista capaz de extrair tais dados do Big Data e analisar com critério e inteligência será capaz de cruzar informações de várias fontes ao mesmo tempo, por exemplo. Mais informações e fontes geram um conteúdo aprofundando e valorizado pelos leitores. A geração de valor agregado significa mais relevância. Como consequência, o crescimento no retorno em publicidade e assinantes. Ou seja, um efeito cascata.

O Big Data pode ser aplicado também na comunicação corporativa que será capaz de avaliar e planejar ações direcionadas para o mercado do seu cliente. Nas agências de publicidade, o Big Data será capaz de alinhar a campanha com o mercado de cada cliente e delimitar ainda mais o público-alvo que será impactado.

No marketing digital ele pode ser utilizado para definição de público e insights para ações de relacionamento nas redes sociais, por exemplo. Ou, ainda, melhorar as técnicas de SEO repensando os conteúdos e os seus formatos. Uma nova geração de conteúdos pensados para a internet surge com o desembarque do Big Data na comunicação. O mobile também será repensado e terá sua performance otimizada. E tudo isso gerará ainda mais dados e informações para análise.

Evoluir é fundamental 
 
Identificar as percepções e opiniões das pessoas, levar em consideração os sentimentos, trazer índices relevantes, analisar a percepção da própria marca e dos concorrentes, mensurar o esforço da comunicação e o impacto para o negócio, desconstruir ideias já formadas e contrapor governantes. Temos uma infinidade de alternativas e possibilidades – disponíveis em tempo real – com a aplicação do Big Data à comunicação.

Dados de 2017 do Latin American Communication Monitor (LCM) apontam que menos de 20% dos departamentos e agências de comunicação já estavam implementando atividades com Big Data. Os profissionais que não utilizam o Big Data justificam que lhes falta habilidade e o tempo para analisar seu funcionamento. O LCM foi aplicado pela segunda vez na América Latina, atingindo 17 países.

A era dos indicadores qualitativos e quantitativos bate à porta dos comunicadores e pede passagem. Lá fora os jornalistas e as empresas estão colocando isso em prática. No Brasil, precisamos aprofundar o tema na área com urgência. Quem estiver disposto a buscar capacitação e conhecimento sobre o tema sairá na frente. Ou seja, se você ou sua empresa não estiverem abertos e não investirem em tecnologia e conhecimento, provavelmente serão engolidos por essa onda e perderão dinheiro. Simples assim. 

Wellington Johann. Jornalista na Talk Assessoria de Comunicação e especialista em marketing na internet

Fonte:  Comunique-se


Em busca do assinante perdido
Em três anos a circulação média dos 11 maiores jornais do Brasil somada caiu em 383,4 mil exemplares

Se há um profissional que quase não dorme na estrutura dos jornais, esse notívago atende por gerente de mercado leitor. Por mais anabolizantes que inclua, por mais promoções de preços e degustações, a curva negativa está se acentuando cada vez mais. Segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação), em três anos a circulação média dos 11 maiores jornais do Brasil somada caiu a maravilha de 383,4 mil exemplares. Impresso e digital. Realmente não há como dormir.

O número que bate no bolso dos empresários da comunicação, apesar de duro, deve servir de alerta. Quem ainda não começou a correr contra o prejuízo está perdendo tempo. E se arrisca a fechar. A reinvenção do negócio das comunicações é algo que já deveria estar na ordem do dia de todos, não apenas de quem está com a água pelo nariz.

A boa notícia vem do API (American Press Institute), pelo braço do Media Insight Project: uma pesquisa com 4.100 novos assinantes de 90 jornais americanos traçou um interessante perfil de como renascer das cinzas. Para começar, são nove os motivos para que alguém aceite comprar uma assinatura (digital ou papel):

Efeito Paywall – O número de artigos grátis do paywall poroso não é suficiente para as necessidades informativas;

Caçadores de temas – Gente interessada em ir a fundo em um ou dois assuntos, em geral governo local e esportes;

Engajamento local – Querem saber tudo sobre a cidade e seus habitantes;

Descobridores Sociais-Mobile – Apoiam organizações locais de notícias;

Defensores do bom jornalismo – Assinam como forma de preservar o jornalismo sério;

Mutantes – Gente que acaba de chegar em uma cidade ou que melhorou de vida, e agora pode investir em informação;

Colecionadores de cupons – Algo muito americano, os adoradores de cupons de descontos, que os jornais publicam;

Fã do papel – Em geral pessoas acima de 60 anos, que não consegue acordar sem o cheiro do papel;

Amigos e família – Aqueles que receberam uma recomendação de alguém próximo;

A pesquisa é enorme, cheia de dados interessantes, e merece uma leitura aprofundada. Mas é possível entender que 60% dos entrevistados querem informação local. E 45% aceitaram assinar um produto em função de uma degustação grátis.

Entre os entrevistados, 71% prefere ler o jornal em papel, 26% digital e para 3% tanto faz. Mas de cada 10 assinantes de papel, 7 têm mais de 60 anos, enquanto entre os que preferem digital esse número cai para 57%.

Enfim, a grande conclusão da pesquisa é que o mercado não está morto. Talvez o que não funcione mais é oferecer o mesmo produto antiquado, como os jornais costumam fazer. Ou cobrar por informações irrelevantes no digital. Há gente disposta a pagar. Basta oferecer aquilo que se quer.