O Processo de Fidelização / Retenção de
Assinantes
Diferenças
entre Retenção e Fidelização
Normalmente,
escutamos falar de programas de fidelização, como aqueles que fornecem pontos
na compra de produtos (Dotz, Multiplus, Smiles etc), ou aqueles que obrigam o
consumidor a ficar com a empresa por período mínimo de 12 meses, para que as condições
“especiais” oferecidas por ocasião do fechamento do contrato, sejam validas.
Contratos de telefonia normalmente são assim.
O termo é utilizado
de maneira geral pelo mercado mas, na realidade, a maioria desses programas, são
programas de retenção, ou seja, programas que geram conveniência para o futuro
cliente, sem, necessariamente, servir como elemento fidelizador na relação empresa
x consumidor.
Fidelidade á
conseguida quando a empresa compartilha valores comuns com os seus
consumidores, respeitando-os em todos os momentos do relacionamento. Um importante
consultor de marketing de relacionamento, afirma que “os valores humanos são a
moeda contemporânea do comercio”, resumindo de forma muito feliz essa condição.
Esse compartilhamento
de valores tem que ser uma atitude natural da empresa e não uma simples “jogada
de marketing”, facilmente desmascarada pela realidade do dia a dia. O respeito
pelo consumidor expresso no atendimento ágil de suas demandas, como o tratamento
de reclamações e a pronta resposta às mesmas, é a melhor demonstração prática
das atitudes da empresa, que ensejam as condições básicas para que se consiga a
“fidelidade” dos seus consumidores.
Isso é mais claro ainda
para as gerações mais jovens (Millennials), que ainda não são o público alvo
dos jornais, mas são o próximo segmento que deve ser abordado com urgência,
pois são mais antenados no mundo digital, que é para onde toda a mídia impressa
caminha. Veja abaixo a reportagem da revista Consumidor Moderno, sobre essa característica dos Millenialls:
MILLENNIALS: A GERAÇÃO QUE BUSCA UM PROPÓSITO MAIOR
Por: Raisa Covre
Os jovens
contemporâneos são ligados a empresas que apresentam um propósito forte e se
preocupam com seu impacto social. Veja exemplos nacionais dessa ideia
Millennials,
a geração que veio para questionar modelos, padrões, ideais. O comportamento
questionador desses indivíduos também chegou ao mundo dos negócios – e as
empresas precisam se conscientizar e se empoderar desse fato. Para Eduardo
Mariano, fundador do Exchange do Bem, as organizações que não se adaptarem a essa
visão de mundo correm risco de vida.
“As
gerações buscam empresas e empregos em empresas quem têm um propósito maior de
existência. As companhias que deixarem isso de lado vão acabar perdendo até
mesmo os profissionais mais qualificados, vão ter times apenas com baby
boomers”, destaca.
Nesse
sentido, os modelos de negócio com impacto social em sua essência encontraram
um grande espaço para crescer. “Vivíamos em um mundo em que o lucro vinha
primeiro. Quando o propósito é maior, é retornar algo maior para a sociedade, o
lucro vem naturalmente”, garante.
DNA de sucesso
Esse
mindset questionador, característico da Geração Y e tão abraçado já pelos novos
modelos de negócio, é muito produtivo para as empresas. Isso porque esse
posicionamento traz um frescor diferenciado para o desenvolvimento de um
projeto.
“Precisamos
de diversidade. Construir uma empresa melhor demanda captar ideias diferentes,
de pessoas diferentes”, acredita Mariano. “As empresas podem começar a se
adaptar de forma natural. A partir do momento que contratam pessoas mais novas,
trazem outra mentalidade, é uma evolução natural”.
Pedras no caminho
No
Brasil, já temos diversos exemplos de sucesso. Além da Exchange do Bem, nomes
como Prosas, abeLLha, Instituto Ayrton Senna, entre tantas outras iniciativas,
têm uma caminhada brilhante e mudam a vida de milhares de brasileiros. Ao mesmo
tempo, esse mercado ainda tem muitos desafios. “Ainda tem bastante
preconceito”, analisa o empreendedor. “Por exemplo, as pessoas idolatram o
Steve Jobs porque conseguiu construir um celular super moderno que gerou
bilhões para ele. Mas quando uma empresa ajuda bilhões de pessoas e só gera
alguns milhares, as pessoas têm o pé atrás, como se a organização fizesse
aquilo só para ganhar dinheiro”.
Até por falcatruas ou projetos
falsos antigos, esses empreendedores passam por muitos desafios. Mas isso não é
problema. “Precisamos mostrar que a empresa tem de fato uma preocupação social,
que não fazemos isso apenas por marketing”, complementa. “Quanto mais causar
impacto, menos essa visão vai influenciar“.
O exemplo acima
mostra como a responsabilidade social, um dos aspectos mais positivos para a
construção da fidelidade, é tão importante para um público que deverá ser, em
breve, um dos maiores defensores da construção de uma sociedade mais justa,
onde os jornais, com a sua defesa dos princípios democráticos, são uma das mais
fortes representantes.
Portanto, para a
construção de uma base de leitores (assinantes e não assinantes) que seja
duradoura e que gere receitas contínuas para a empresa jornalística, não
devemos pensar apenas em promoções que ofereçam vantagens financeiras para os
seus consumidores e sim, alimentar relacionamentos baseados em valores comuns,
com respeito ao leitor em todas as interações com a empresa jornalística.
Atenção: Esse
texto faz parte do e-book Estratégias e Processos de Mercado
Leitor e pode ser obtido integralmente através do email: augcamp@globo.com.
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