12 tendências que impactarão a indústria da mídia em 2020
Consultoria global indica as
oportunidades e desafios para as marcas neste ano
A indústria da mídia está
em constante transformação, e os avanços tecnológicos da última década
aceleraram a introdução de novas plataformas e modelos de negócios. Para dar
conta do que vem por aí, a consultoria global Kantar lançou no começo deste ano um relatório
com #12 TENDÊNCIAS (veja ao final da matéria as tendências para
2020) que irão impactar o mercado de agências e anunciantes e
oferecer oportunidades de crescimento em 2020.
O estudo global Tendências & Previsões de Mídia destaca
a onipresença da tecnologia como catalisadora das mudanças no cenário da mídia
em 2020. O relatório aponta que, com um cenário cada vez mais concorrido e
cheio de ruídos e distrações, as marcas terão de de desenvolver novos modelos
de engajamento para impactar e conquistar consumidores.
As tendências do relatório foram
divididas em três categorias: tendências tecnológicas que transformam o cenário
de mídia; espaços que as marcas podem ocupar com confiança; e o contexto e
catalisadores da mudança. Veja abaixo um resumo de cada uma. O relatório
completo pode ser encontrado no site da Kantar.
Tendências tecnológicas que
transformam o cenário de mídia
5G vira realidade
Com a China
na liderança, o 5G deve dar seus primeiros passos em outros mercados, como
Estados Unidos e Reino Unido. Aqui no Brasil, a discussão sobre a adoção da
tecnologia ainda é bem primária e o primeiro leilão das redes só deve ser
realizado pela Anatel no fim deste ano. De acordo com o relatório, a adoção do
5G irá permitir novas possibilidades de interação com consumidor, viabilizadas
pela velocidade da rede e a conexão de dispositivos IoT (Internet das Coisas).
Por outro lado, quanto mais dispositivos conectados, mais fragmentados serão os
dados dos usuários, dificultando a análise e o tratamento adequado das
informações.
A guerra do streaming esquenta
A entrada de
novos players no mercado de streaming acirra ainda mais a disputa pelos olhos
(e bolsos) dos consumidores. A fragmentação dos catálogos e o investimento em
produções próprias devem aumentar nos próximos anos.
Áudio volta a reinar
2019 foi o ano do podcast, mas em
2020 os canais de áudio vão continuar crescendo. A popularização dos assistentes de voz e das casas conectadas
impulsionam a busca via áudio e possibilitam um modelo de e-commerce ativado
totalmente pela voz. “As novas gerações crescerão com os sistemas de voz
facilmente integrados à vida; usarão comandos de voz, farão perguntas e falarão
o que desejam, esperando rápidas respostas de diversos aparelhos com comando de
voz”, diz o relatório. (Já ouviu o nosso podcast?)
O novo mundo do shopvertising
Segundo o relatório, uma das
tendências do e-commerce para 2020 é a popularização dos “anúncios compráveis”,
uma forma de publicidade nativa das redes sociais que permite que o consumidor
realize todo o processo de compra sem sair do app. O relatório aponta também
que as plataformas de e-commerce investirão em eventos de entretenimento ao
vivo para converter em vendas. “Já vimos a Amazon apresentar o Amazon Live em 2019,
seguindo os passos de plataformas como Taobao, do Alibaba, que demonstrou uma
taxa de conversão de 32% em livestream”, diz o estudo.
Espaços que as marcas podem ocupar com confiança
E-sports no mainstream
Os e-sports já
são um fenômeno há algum tempo, especialmente na Ásia. É um mercado que
movimenta milhões de dólares todos os anos e já tem um ecossistema de grandes
players bem estabelecido, inclusive no Brasil. O relatório indica que no
Brasil, quase um terço (32%) dos usuários da internet, aproximadamente 30
milhões de pessoas, afirmam ser fãs ativos de e-sports. De acordo com o estudo,
a previsão para 2020 é que o tema ocupe ainda mais espaços no mainstream e os
jogadores se tornem ainda mais famosos e influentes. (O futuro do segmento de Esports no
Brasil e no mundo)
O valor da experiência no
offline
De acordo
com o estudo, marcas que surgiram 100% nativas digitais devem buscar um ponto
de conexão “real” com seus consumidores por meio da promoção de experiências
offline. As que vendem diretamente ao consumidor continuarão investindo no
e-commerce, mas também buscarão oferecer aos clientes a experiência da vida
real por meio de lojas permanentes ou pop-up stores.
Marcas tomam partido
O marketing
de causa, no qual as marcas adotam temas de interesse social e defendem
posições publicamente, vem acontecendo há algum tempo. Com os consumidores cada
vez mais exigentes, o relatório indica que as empresas precisam ser
transparentes e colocar em prática seus próprios valores. “Defender uma posição
já não é o suficiente. Os consumidores querem ver atitude concreta das
empresas”, diz o relatório.
Influenciadores amadurecem
O marketing
de influência, que usa influenciadores digitais para se conectar com as
pessoas, já está consolidado. Em 2020, segundo o relatório, chegou a hora desse
mercado amadurecer do ponto de vista de governança, com análises de riscos mais
aprofundadas e medições de resultados mais estratégicas. Além disso, as
funcionalidades de e-commerce do TikTok e do Instagram permitirão que
influenciadores vendam seus próprios produtos e de marcas parceiras diretamente
em seus perfis.
O contexto e catalisadores da mudança
O impacto da política
2020 é ano
de eleição presidencial nos Estados Unidos, e a publicidade estará novamente
sob os holofotes, especialmente o investimento em mídia nas redes sociais. No
Brasil, haverá eleições municipais e o Facebook novamente será uma plataforma
chave para a discussão política. Segundo o estudo, as marcas podem adotar uma
estratégia de menos exposição na época das eleições para não concorrer com os
altos investimentos das campanhas. “A carga de propaganda política pode chegar
a ser tão intensa que os eleitores podem fazer questão de evitar os anúncios”,
diz o relatório.
O fim dos cookies
Os cookies de rastreamento de
usuário, muito usados na publicidade digital para ativar e avaliar campanhas
online, estão com os dias contados desde que a regulamentação sobre uso de
dados dos consumidores começou a ficar mais restritiva, como a implantação do
Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP),
no Brasil. Com isso, a mensuração de campanhas será cada vez mais complexa.
Tratamento consciente de dados
Com a
entrada em vigor de legislações que visam proteger os dados dos cidadãos, as
marcas e agências de marketing terão de desenvolver novas maneiras de impactar
seu público sem incorrer em riscos de quebra de privacidade ou uso indevido de
dados pessoais de clientes.
Internalização das mídias
O estudo
identificou uma tendência das marcas de internalizar, totalmente ou pelo menos
uma parte, seus processos de comunicação e marketing. Segundo o relatório, os
anunciantes buscam respostas mais ágeis, abordagens mais adaptadas às marcas e
processos menos burocráticos para a estrutura de comunicação. “A internalização
significa que as agências precisam evoluir no modo de trabalhar com os
clientes, colaborando com equipes internas e concentrando-se no conhecimento
estratégico que ela pode fornecer”, diz o relatório.
Fonte: Consumidor Moderno
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