New
York Times leva jornalistas ao TikTok em nova campanha
Veículo dá continuidade ao conceito “Truth is”, destacando os
profissionais que contam as histórias nas reportagens
14 de setembro de 2021
Do Advertising Age
Desde a
estreia do conceito da campanha “Truth is”, em 2017, o New York Times vem
explorando a importância da verdade na vida dos consumidores – e as
dificuldades para encontrá-la. Agora, na mais recente versão da ação de
publicidade do veículo, criada pela Droga5, o NYT lança luz sobre aqueles que
estão conduzindo essa busca pela verdade: os jornalistas.
A campanha
apresenta, mais uma vez, imagens reais capturadas pelos repórteres do Times,
mas desta vez, são eles que estão em foco no novo comercial de TV e os
primeiros anúncios que o veículo está veiculando no TikTok.
No
comercial principal, cortes rápidos de vídeos de repórteres feitos durante o
trabalho são intercalados com clipes de narração discutindo o que os inspira,
apoiados por uma trilha vocal. “Adoro encontrar … coisas que outras pessoas não
querem que eu saiba”, diz um jornalista, no filme. “Você se encontra nessas
situações e vê quem você é”, diz outro.
E, ao
contrário dos anúncios anteriores, que apresentavam uma miríade de textos
dançantes, as cenas e os sons neste anúncio são vinculados a uma única palavra,
“by”, as duas letras que precedem o nome de cada repórter em suas histórias. Os
nomes de vários jornalistas, fotógrafos, redatores, repórteres e profissionais
envolvidos nas reportagens. A assinatura final do anúncio diz: “A verdade exige
um jornalista”.
“Os
leitores veem as assinaturas de nossas histórias, mas raramente têm a
oportunidade de ir além delas”, diz Amy Weisenbach, vice-presidente sênior de
marketing da The New York Times Company.
“Queríamos
pegar a palavra de duas letras realmente simples, muitas vezes esquecida, que
vemos em cada artigo de jornalismo, o ‘by’, e preenchê-la com o máximo de
significado, caráter e vida que pudéssemos”, acrescenta Toby Toby Treyer-Evans,
diretor executivo de criação da Droga5. “Descobrimos que, se pudéssemos mudar a
relação das pessoas com essa palavra, da próxima vez que você a vir no topo de
um artigo, você a verá de uma forma completamente diferente e, portanto,
esperamos apreciar o jornalismo de uma forma diferente de antes”, complementa.
“Anteriormente,
focávamos muito no indivíduo”, acrescenta Laurie Howell, Diretora Executiva de
Criação da Droga5. “Embora esta peça apresente indivíduos, é sobre o grupo
também. É pegar aquela palavrinha ‘by’ e mostrar como, por trás disso, existem
tantos tipos diferentes de vozes e jornalistas fazendo tantos tipos diferentes
de jornalismo”, destaca.
Os anúncios
são direcionados àqueles leitores que apreciam a qualidade e o impacto do
jornalismo independente, mas não são assinantes. “Estamos apostando que fazer
uma conexão mais emocional e individual entre nossos jornalistas e nossos
leitores irá inspirar mais leitores a apoiar nosso jornalismo assinando”, diz
Weisenbach.
O
salto para o TikTok
Ao
enfatizar essa conexão, o New York Times começou a fazer anúncios no TikTok.
“Reconhecemos que o TikTok é uma plataforma em crescimento que desempenha um
papel desproporcional na cultura”, explica Weisenbach. Quatro anúncios para a
plataforma, criados internamente pelo Times, são enquadrados no estilo familiar
de primeira pessoa do TikTok e destacam os repórteres em suas coberturas.
Um anúncio
envolve a jornalista Priya Krishna explorando a popularidade dos “MREs”, ou
refeições prontas para comer, durante a pandemia. Em outro, o fotojornalista
Fezehai segue uma equipe de nado sincronizado na Jamaica, em sua luta para
chegar às Olimpíadas.
Um terceiro
anúncio apresenta a repórter internacional Amy Qin enquanto ela explora como
uma aldeia chinesa está trabalhando para manter viva sua tradição de tingimento
de índigo. Já o quarto anúncio mostra Julie Turkewitz, responsável pela
sucursal da região dos Andes, capturando como as desigualdades na América
Latina ganharam relevo durante a pandemia.
“Queríamos
destacar a reportagem em que nosso público poderia realmente mergulhar e ter
uma noção do esforço e dedicação necessários para criar o jornalismo do Times”,
disse Weisenbach sobre o motivo pelo qual essas histórias, em particular, foram
escolhidas.
O próprio
Times ainda não tem uma conta no TikTok, mas Weisenbach observa que alguns de
seus produtos, como o Wirecutter, tiveram um sucesso inicial na plataforma. De
acordo com um representante da TikTok, a plataforma teve um grande crescimento
em publicidade nos últimos anos. De janeiro a dezembro de 2020, houve um
aumento de 500% em anunciantes que executaram campanhas nos Estados Unidos.
No total, o
esforço de comunicação destaca mais de 30 dos 1.700 jornalistas do New York
Times. “Adoraríamos apresentar cada um deles”, diz Weisenbach. Os escolhidos
tinham recursos suficientes para contar suas histórias de forma sucinta,
cabendo na brevidade de um anúncio. Para a produção, a Droga5, a equipe interna
do Times e a produtora Somesuch analisaram milhares de horas de filmagem para
definir os anúncios finais. Camille Sommers-Valli de Somesuch dirigiu o filme
principal.
O filme
principal estará sendo exibido na TV aberta e no streaming, nos Estados Unidos,
bem como no YouTube. A campanha também incluirá anúncios de áudio no Spotify e
Stitcher e peças de out-of-home nas estações de metrô da cidade de Nova York.
Vários ativos também rodarão nas plataformas digitais do NYT.
A campanha
é o primeiro esforço de comunicação do veículo após a campanha “Life Needs
Truth”, lançada no ano passado, que descreveu como as reportagens do Times
foram essenciais para ajudar os leitores a lidar com a série de lutas de 2020.
Desde então, Weisenbach diz que as assinaturas do veículo tiveram um
crescimento considerável.
Durante sua
última teleconferência de resultados em agosto, a presidente e CEO do grupo,
Meredith Kopit Levien, anunciou que o Times agora tem mais de 8 milhões de
assinaturas pagas em seus produtos impressos e digitais. A receita total de
assinaturas também cresceu 16% naquele trimestre, marcando o maior ganho de
receita de assinaturas ano a ano em mais de uma década.
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