quarta-feira, 9 de maio de 2018

Assinaturas digitais voltam a sustentar crescimento nas receitas do The New York Times

O jornal The New York Times anunciou na quinta-feira (04) uma alta uma alta de 3,8% em suas receitas totais (US$ 414 milhões) entre janeiro e março de 2018 sobre o mesmo período de 2017. O resultado foi novamente puxado pelo bom desempenho das assinaturas digitais. O diário norte-americano adicionou no primeiro trimestre deste ano 139 mil assinaturas digitais à sua base, uma alta de 25,5% em 12 meses. O faturamento específico com as assinaturas teve um salto de 7,5% na mesma comparação, para cerca de US$ 260 milhões – ou mais de 62% do total do negócio.
Esse movimento compensou uma queda na publicidade digital, cujo faturamento registrou baixa de 6% em relação ao ano passado. As receitas com publicidade digital somaram US$ 46,7 milhões, ou 37% do total do faturamento com anúncios da empresa. Thompson afirmou esperar uma nova queda na publicidade digital no segundo trimestre, mas disse estar confiante numa recuperação a partir de julho.
Aplicativos
A companhia informou que cerca de 40 mil dos novos assinantes vieram por meio de produtos digitais independentes, como os aplicativos de culinária e palavras cruzadas. Atualmente, o total de assinaturas digitais da companhia está ao redor de 2,8 milhões.
“Os resultados da retenção (de clientes) em nossos produtos de notícias foram muito encorajadores”, disse Mark Thompson, presidente da companhia, ao comentar o balanço, informou o jornal O Estado de S.Paulo. “Nós fomos capazes de manter os leitores que atraímos depois das eleições, sendo que boa parte deles já mantém a assinatura por mais de um ano, e também de reter nossos assinantes mais antigos”, afirmou. Foi a primeira vez desde o primeiro trimestre de 2016 que houve uma queda nesse segmento.

Uma surpresa
Em um resultado considerado de certa forma surpreendente pela companhia, a publicidade no jornal impresso se mostrou mais forte do que nos últimos anos – o principal executivo classificou o resultado do início de 2018 como o “melhor desde o terceiro trimestre de 2015”.
As receitas com publicidade impressa tiveram uma queda de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. É uma retração bem menor do que a vista no início de 2017, quando a queda havia sido de 18% em relação ao resultado do mesmo período do ano anterior.

O lucro operacional ajustado – indicador que a empresa usa para comparar seus resultados – ficou em US$ 55,5 milhões entre janeiro e março, expansão de 10% sobre igual período de 2017, quando havia registrado US$ 50,2 milhões.
Documentário
Para atrair novos leitores, o jornal tem buscado formas de apresentar seu trabalho a novas audiências, especialmente com o uso do cinema e da televisão. “Em maio, teremos um documentário independente na rede Showtime que enfocará a nossa cobertura do primeiro ano de mandato de Donald Trump”, exemplificou Thompson. “E temos outros projetos em andamento, incluindo uma parceria com a produtora Anonymous Content que poderá acelerar a chegada do The New York Times à TV e ao cinema.”
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