Diretor do ‘New York Times’ vê pelo menos mais dez
anos de jornal impresso
Grupo
já ultrapassou 2,5 milhões de assinantes digitais
POR O GLOBO
14/02/2018 9:41 / atualizado 14/02/2018
10:26
Edições
impressas do "New York Times" - Andrew Harrer / Bloomberg
RIO - Poucos dias após a divulgação de
um aumento de mais de 50% na receita com assinaturas digitais, o
diretor-executivo do “New York Times”, Mark Thompson, afirmou acreditar que o
grupo continuará com sua edição impressa nos Estados Unidos por pelo menos mais
dez anos. Em entrevista à rede de TV CNBC, ele admitiu que o jornal impresso
pode ter um prazo de validade, mas ressaltou que o objetivo do grupo é atender
aos leitores da forma que preferirem e que está sendo construído um negócio
digital de sucesso.
“Eu acredito (que o jornal impresso
terá) muitos anos no futuro, pelo menos dez anos. Não vamos decidir apenas na
lógica econômica. Mas a questão chave é que não estamos nos baseando apenas no
produto impresso, estamos avançando no digital”, disse Thompson na entrevista.
Na semana passada, o jornal
americano divulgou que ultrapassou a marca de 2,5 milhões de assinantes
digitais, a maior base entre as publicações de todo o mundo. Nos
três meses até dezembro, foram 157 mil novas assinaturas. Foi sob a gestão de
Thompson que o “New York Times” passou de um milhão de assinaturas digitais: o
fato de a publicação ser em inglês permite que atinja leitores muito além de um
único país. As receitas de assinaturas de produtos apenas digitais, incluindo
notícias, assim como palavras cruzadas e as receitas culinárias do jornal,
aumentaram 51,2%, para US$ 96,3 milhões.
O diretor-executivo do “New York Times”
apontou que o projeto é atender aos “fiéis leitores” da edição impressa pelo
maior tempo possível, mas que o processo se dá ao mesmo tempo em que se investe
nos produtos digitais:
“Nosso desejo é atender às pessoas que
querem notícias sérias da maneira que for boa para ela. Temos uma ótima
plataforma impressa, ela pode ter um prazo de tempo, pode chegar um momento em
que não faça mais sentido econômico, mas nosso plano é continuar servindo
nossos leitores fiéis pelo maior tempo possível. Enquanto isso, estamos
construindo o negócio digital, para termos uma operação crescente e de sucesso
de notícias muito além do impresso. E estamos otimizando isso”.
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