quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

NYT visa circulação digital de 1 mi em 2015

Balanço operacional de 2014 revela que assinantes de formatos web já chegam a 910 mil leitores


As receitas provenientes de propaganda continuam em queda, mas a circulação do New York Times só aumenta. O balanço de 2014 do jornal, considerado o mais influente do mundo, mostra que o número de assinantes de produtos digitais aumentou em 35 mil leitores, chegando a 910 mil. Com esse resultado, a receita de circulação do jornal chega a US$ 1,58 bilhão, aumento de 0,7% em relação a 2013.

“Temos a expectativa de atingir o marco de um milhão de assinaturas digitais neste ano”, disse, durante coletiva, o Mark Thompson, presidente e CEO. “Foi um ano muito estimulante, com bastante progresso no digital, apesar da queda de receita publicitária, principalmente no impresso.”

De fato, investimentos em mídia impressa no New York Times caíram 4,7% no ano passado. Já em digital cresceu 11,9%, chegando a US$ 182,2 milhões. Não foi o suficiente, entretanto, para melhorar a receita anunciante de forma geral, que caiu 0,7% na comparação com 2013, fechando o ano com US$ 662,31 milhões.

“Quando cheguei ao grupo, a queda de receita publicitária era muito alta, o que revertemos com o investimento em digital nos trimestres seguintes, com crescimentos de dois dígitos”, afirmou Thompson. “Nosso resultado no último trimestre é nosso melhor desempenho desde 2005, especialmente pelos ganhos em dispositivos móveis e vídeos.”

O executivo reforçou as oportunidades de patrocínio, conteúdo pago e branded content, e anunciou ainda que as equipes de publicidade e tecnologia preparam ainda mais novidades entre produtos e ferramentas de marketing e propaganda.

Contando todas as fontes de renda, para além dos formatos de publicidade, a receita do jornal cresceu 0,7%, chegando a US$ 1,58 bilhão. Parte desse equilíbrio se deve ao aumento no licenciamento de conteúdo e aos negócios em e-commerce.

De modo geral, já era esperada uma baixa nos resultados de 2014, já que no ano anterior houve grande aporte financeiro graças à venda da unidade New England Media – dona do Boston Globe – ao Fenway Sports Group. Comparativamente, só não foi pior graças a novos lançamentos de produtos digitais, como o novo International New York Times e o incremento publicitário em vídeo e mobile, e a um plano de demissão voluntária e cortes que o grupo realizou no ano passado.

Apesar dos números estáveis e dos cases referenciais de conteúdo, o grupo ainda vive situação delicada. Tal rumor revolveu, na semana passada, um antigo desejo do magnata e ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, de comprar o jornal.


 Fonte:  Meio& Mensagem  

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