Crescimento do Mercado
Publicitário
Segundo
dados do Projeto Inter-Meios sobre
os primeiros seis meses deste ano, o investimento bruto em publicidade acumulou
R$ 17,29 bilhões de janeiro a julho, alta de 18,17% em comparação ao mesmo
período de 2013 e o segundo maior crescimento entre semestres em uma década.
Diante da
queda de 0,2% do PIB do primeiro trimestre e de 0,6% no segundo, e da inflação
acumulada de 3,75% conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o
desempenho é digno de comemoração.
Apesar de
executivos do mercado concordarem que o
segundo semestre deve desacelerar, os dados de julho ainda devem guardar boas
surpresas, quando o mundial de futebol ainda estava em jogo.
Revisões para baixo
Os meios
impressos perderam investimentos em mídia no semestre, como tem acontecido
seguidamente. Guias e listas, em queda mais acelerada, recuou 35,6%, chegando a
R$ 60,4 milhões. O meio projeta fechar 2014 com decréscimo de 30%, chegando a
cerca de R$ 140 milhões de investimentos. Embora seja conhecida a atração que a
Copa do Mundo gera para os meios eletrônicos, revistas e jornais haviam feito
previsões mais otimistas no início do ano. Na primeira projeção do ano, haviam
apostado em 4% e 6% de crescimento, respectivamente, mas perderam 8,62% e 6,54%
(vide quadro abaixo).
O meio
jornal também refez suas projeções de modo um pouco mais conservador, com recuo
de 3%, mas se apoia na expectativa de que a fuga dos meios eletrônicos em época
eleitoral ajude as publicações diárias. “Acreditamos que, a partir de setembro, esse quadro deve começar
a melhorar”, diz Flavio Steiner, diretor de mercado nacional do Grupo RBS, responsável pelo Zero Hora.
O meio
jornal fechou o semestre com R$ 1,48 bilhão de investimentos brutos em mídia e
ainda ocupa o segundo lugar de share,
com 8,6%. A expectativa de restabelecimento dos negócios em mídia ganha
força com o lançamento de um novo marketplace durante o congresso do setor
realizado pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), em agosto.
Faturamento,
Variação e Participação dos meios (2014)
|
|||
Meio
|
Faturamento
|
Variação
|
Participação
|
Televisão
|
R$
11.912.505.802,59
|
22,09%
|
68,91%
|
Jornal
|
R$
1.486.727.784,15
|
-6,54%
|
8,60%
|
TV
Paga
|
R$
926.309.882,61
|
48,98%
|
5,36%
|
Internet
|
R$
776.256.906,88
|
23,75%
|
4,49%
|
Revista
|
R$
721.532.756,41
|
-8,62%
|
4,17%
|
Rádio
|
R$
688.713.364,55
|
12,35%
|
3,98%
|
Mídia
Exterior
|
R$
663.099.939,57
|
35,91%
|
3,84%
|
Guias
e Listas
|
R$
60.386.903,55
|
-35,59%
|
0,35%
|
Cinema
|
R$
52.412.326,17
|
9,23%
|
0,30%
|
Fonte: Meio&Mensagem
Financial Times reformula jornal e
muda prioridades
A partir de
segunda-feira 15, o Financial Times
estreia uma reformulação de seu jornal impresso. A mudança é a maior feita pela
empresa nos últimos sete anos. Com uma nova diagramação, tipografia e maior uso
de elementos gráficos, como tabelas e quadros explicativos, a publicação quer
tornar suas páginas, mais analíticas e visuais. A empresa também passa a adotar
nova postura na versão digital. O portal será a primeira fonte para a
divulgação de notícias enquanto o impresso terá uma cobertura mais aprofundada.
Fonte: Meio&Mensagem
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